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domingo, 31 de julho de 2011

Notícias do mundo animal. Parte 3

Degelo aumenta mortalidade de ursos polares bebés.

 
Crias não têm capacidade para nadar grandes distâncias.
Os ursos polares bebés que são obrigados a nadar longas distâncias com as suas progenitoras devido ao degelo do seu habitat, no Árctico, sofrem uma maior mortalidade do que aqueles que não precisam de nadar tanto, de acordo com um novo estudo realizado pela World Wildlife Fund (WWF).
Os ursos polares caçam, alimentam-se e procriam sobre o gelo ou terra firme, pelo que não são criaturas naturalmente aquáticas. Embora estudos anteriores já tivessem feito notar que estes animais estão a precisar de nadar centenas de quilómetros para alcançar plataformas de gelo, este é o primeiro trabalho que avalia o risco desses trajectos para os elementos mais jovens da espécie.
"As mudanças climáticas estão a ‘tirar’ o gelo marinho debaixo dos pés dos ursos, forçando alguns deles a nadarem distâncias maiores para encontrar alimentos e habitat", disse Geoff York, co-autor do estudo e investigador da WWF, acrescentando que esta foi a primeira vez que os percursos a nado foram quantificados, preenchendo-se uma lacuna nos dados históricos dessa espécie emblemática do Árctico.
Para reunir os dados, os investigadores recorreram a satélites e monitorizaram 68 ursas marcadas com GPS, entre 2004 e 2009, anotando as situações em que elas nadavam mais de 30 milhas de cada vez. Foram registados 50 trajectos dessa escala a nado nesses seis anos, que envolveram 20 ursas. O maior deles atingiu 685,6 quilómetros e durou 12,7 dias, revelaram os especialistas.
Na altura em que os animais foram marcados, 11 ursas que nadavam longas distâncias tinham crias. A observação permitiu verificar que cinco dessas mães perderam os seus filhos nos trajectos a nado, o que equivale a uma taxa de mortalidade de 45 por cento. Por outro lado, os pequenos ursos que não precisavam de nadar longas distâncias com as suas mães tiveram uma mortalidade de 18 por cento.
De acordo com Steve Armstrup, director da entidade Polar Bears International, as crias morrem nas grandes travessias porque têm menos gordura do que os adultos, o que se traduz num menor isolamento térmico e na redução da capacidade de sobreviver em água fria. Outro motivo apontado é que, sendo mais magros do que os adultos, não conseguem flutuar com tanta facilidade.

 Boa leitura.

Beijos.

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