Total de visualizações de página

sábado, 23 de junho de 2012

Trabalho de ecologia.

Oi queridos e queridas.

Depois de muito tempo sem fazer posts, achei melhor fazer um post mais voltado para alguma cadeira do curso. Esse foi um trabalho que tive que fazer em grupo da cadeira de ecologia.
Espero que gostem e seja útil para vocês.
Beijos :*

Introdução:


     Existem microorganismos tanto bons como ruins para agropecuária, estes causam prejuízos aos produtores que tendem a procurar medidas para combatê-los, muitas vezes com o passar dos tempos essas pestes se tornam resistentes a tais defensivos agrícolas, tendo então que se procurar novas alternativas.
     Neste trabalho enfocaremos nas duas doenças mais conhecidas da banana, as Sigatokas amarela e negra, responsáveis pelas maiores perdas nos bananais brasileiros e de todo mundo.



 Resistência de microorganismo na agropecuária (Sigatoka):

Tanto a agricultura como a pecuária sofrem com a resistência que alguns organismos criam, prejudicando produtores, na pecuária contabilizamos doenças, bactérias, que acabam algumas vezes sofrendo mutações e então o remédio dado já não faz mais o efeito desejado. Nas lavouras o problema é quando os agrotóxicos já não inibem a proliferação da doença, causando enormes prejuízos econômicos principalmente aos produtores. Vejamos a seguir, mais detalhadamente os problemas e benefícios da bananicultura:
Entre os problemas fitossanitários da bananicultura, duas doenças causam maior preocupação ao setor. Tratam-se da sigatoka amarela e da sigatoka negra.A sigatoka amarela é causada pelo fungo Mycosphaerella musicola.É uma doença agressiva, responsável por perdas severas na produtividade do bananais brasileiros.Para a ocorrência da doença é necessário que o esporo do fungo encontre condições favoráveis para a infecção do tecido vegetal.Estes fatores são tecidos suscetíveis (normalmente a folha vela e as três folhas mais novas da bananeira), a água livre (chuva ou orvalho) e temperaturas adequadas (acima de 21ºC).
     A sigatoka  negra é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, sendo considerada a mais grave doença da bananicultura mundial.Este fungo é extremamente agressivo, podendo ocasionar perdas superiores a 80% da produção, quando as condições ambientais forem favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.O primeiro relato da chegada da sigatoka negra ao Brasil foi em 1998, no estado do Amazonas.Em 2004, a doença foi identificada em São Paulo,na região do Vale do Ribeira.Desde então , vem sendo disseminada e hoje pode ser encontrada em grande parte dos estados brasileiros.Devido ao elevado grau de agressividade desta doença, normalmente onde há incidência  de sigatoka negra, a sigatoka amarela desaparece muito rápido.Na tentativa de manter a doença sob controle,ocorre uso intenso de defensivos agrícolas, aumentando o custo de produção, alem de causar danos ambientais e também ao produtor rural.
O uso desenfreado de defensivos químicos  pode acarretar em danos econômicos  e ambientais.Por isso o produtor deve lançar mão,também, de outros métodos, como o controle genético, que consiste no plantio de variedades resistentes a doenças.
Outra alternativa é o controle cultural,que diz respeito às técnicas agrícolas, como densidade adequada de plantio, nutrição eficiente, uso de fertirrigação, retirada de folhas doentes e manejo de perfilhos.
O monitoramento da sigatoka negra é uma metodologia que vem sendo aplicada pelos produtores rurais com o intuito de diminuir as aplicações de defensivos químicos, racionalizando a sua utilização.
O sistema de previsão bioclimático é uma ferramenta fundamental para o manejo fitossanitário eficiente do bananal.Permite caracterizar o comportamento da doença em uma dada região, conhecendo-se a flutuação da severidade no decorrer do ano climático.Esta caracterização possibilita a racionalização do controle químico, apontando o momento correto das pulverizações com fungicidas, além de determinar o intervalo.Torna possível, ainda efetuar a alternância dos grupos químicos dos fungicidas nas aplicações, de modo a evitar o aparecimento de futuros episódios de resistência do patógeno a um determinado produto.
O principal método utilizado no monitoramento da severidade da sigatoka negra baseia-se na taxa de emissão foliar semanal e na presença dos sintomas da doença, nos seus estádios mais precoces (1,2 e 3), identificados nas folhas novas das plantas, ou seja, na segunda, terceira e quarta folhas a parir da folha “vela”.As avaliações de campo são feitas semanalmente e a evolução da severidade é resultado da nota dada à severidade por ocasião da avaliação e do ritmo de emissão foliar.
Para um correto e eficiente monitoramento desta doença, o pesquisador científico da Agencia Paulista de Tecnologia dos Agronegócios Wilson da Silva Moraes (Apta Regional do Vale do Ribeira) desenvolveu um aplicativo computacional, de fácil operação, que estima a severidade da doença baseando-se na evolução dos estádios de desenvolvimento dos sintomas e do ritmo de emissão foliar.
Técnicas de monitoramento, associadas ao emprego de materiais genéticos resistentes às doenças, uso de mudas sadias, nutrição equilibrada, plantio na densidade adequada, irrigação e outras técnicas culturais, compõem o manejo integrado de doenças, favorecendo o bom desenvolvimento e produtividade das plantas, mantendo o empreendimento rentável.
Melhoramento genético: é uma ferramenta que proporciona aos agricultores materiais genéticos de altíssima qualidade, com características de excelente produção associando-se rusticidade e resistência às doenças. O grande rol de variedades atualmente disponível aos bananicultores permite rentabilidade e atendimento aos diversos segmentos de mercado.Estes novos genótipos são devidamente avaliados em diversas regiões produtoras com o intuito de identificar os melhores para cada tipo especifico de condições edáficas e climáticas, com melhor adaptabilidade.
Fertirrigação: técnicas aprimoradas de fertirrigação. Que são a junção de irrigação com nutrição de plantas, proporcionam o uso racional da água na cultura, permitindo uma produção sustentável e ambientalmente favorável, com ganhos econômicos, sociais e ambientais por parte dos produtores. A otimização do processo produtivo é benéfica para a produção, pois permite ao produtor rural garantir maior rentabilidade, com redução de custos e melhor utilização de insumos e mão de obra.
A propagação de bananeiras é outro ponto da cadeia produtiva que se modernizou substancialmente nos últimos anos. A cultura saiu de uma situação até certo ponto precária, para a modernização de técnicas, como a produção de mudas in vitro, que permite alto rendimento e maior controle sobre os materiais genéticos, garantindo uniformidade de produção, com maior vida útil do bananal, atendendo ás exigências de um mercado cada vez mais empresarial. Outro fator muito importante agregado ao novo processo produtivo da bananicultura é que. O uso de mudas micro propagadas sadias diminiu, consideravelmente, a disseminação de pragas e doenças, favorecendo o manejo fitossanitário das lavouras.
O manejo fitossanitário também passou por mudanças na bananicultura, com técnicas que proporcionam maior eficiência no controle das doenças e pragas, com menor custo para o produtor e também para o ambiente. O rígido controle sobre os defensivos químicos utilizados na lavoura é muito importante, uma vez que esta fruta é consumida, em sua maior parte, in natura.
    

A Sigatoka no Brasil:
Em dezembro de 1997, durante um trabalho realizado em Tabatinga e Benjamin Constant, para avaliar a incidência e prevalência de doenças vasculares da bananeira (Moko e Mal-do-panamá) realizado pelos técnicos na época, da Delegacia Federal da Agricultura do Estado do Amazonas e Embrapa Amazônia Ocidental, Ana Fabíola, Carlinhos, José Clério Rezende Pereira e Luadir Gasparotto, detectaram uma nova doença foliar ocorrendo em bananeira, de forma severa induzindo perdas de até 100% nas cultivares prata, maçã e nos plátanos Pacovan (D’angola) e Pacovi (Banana da Terra).
Desde então os produtores enfrentaram problemas atrás de problemas com a produção. A maior parte dos produtores tradicionais que abandonaram a cultura foi substituída por uma nova geração de produtores capitalizados e tecnificados muitos em áreas de terra firme, produzindo até 20t/ha ao ano contra cerca de 8 t/ha ao ano dos produtores tradicionais na várzea. Entretanto o Amazonas continuou importando cerca de 80% da banana consumida no estado, em particular de Roraima. Mas mesmo hoje em dia há falta de incentivo aos produtores.
A produção brasileira de banana em 2011 foi de aproximadamente sete milhões de toneladas, o que faz com que o Brasil ocupe o quinto lugar no ranking mundial de produtores, atrás apenas da Índia (27 milhões de toneladas), Filipinas ( 9,1 milhões de toneladas), China 9 nove milhões de toneladas) e Equador ( 7,6 milhões de toneladas). A cultura ocupa uma área de aproximadamente 490 mil hectares no Brasil.
O cultivo desta fruta, antes caracterizado por pequenas áreas e baixa tecnologia, hoje está presente em áreas extensivas e tem a sua disposição, técnicas modernas e sofisticadas, que permitem alcanças altas produtividades, agregando qualidade ao fruto.



Conclusão:
Concluímos então que a mutação e resistência desses microrganismo é dada por uma utilização errada dos agentes químicos ao combater esses organismo, causando um uso errado do produto proporcionando assim que o microrganismo se torne mais resistente e cada vez mais eficaz contra o agente químico.
A seleção genética  das bananeiras é uma alternativa eficaz e não prejudicial ao meio ambiente, onde o produtor escolhe as bananas que mais resistem ao microrganismo agressor, fazendo assim cruzamentos com essas plantas mais fortes.
Também podemos dizer que a sigatoka negra é mais “forte” e agressiva as bananeiras do que a amarela, onde caracteriza grande perda nas plantações, ocorrendo assim quase perda total da produção. Um problema grave para o produtor, fazendo assim que corra atrás de alternativas mais eficazes para combater a sigatoka.




Bibliografia:

è  Revista Cultivar   

Nenhum comentário:

Postar um comentário