A quantidade e a qualidade das proteínas corporais precisam ser adequadas para que o animal possa construir seus tecidos – sejam eles as fibras musculares, o epitélio intestinal, a pele, entre outros. Sendo assim, a carência desse componente, ou de certos aminoácidos indispensáveis, causa problemas gerais de saúde, como perda de apetite, imunodepressão, cansaço, agitação, crescimento lento, problemas reprodutivos.
O tecido ósseo é o primeiro a ser afetado pela carência de nutrientes, em razão de ser o mais precoce. A incidência de problemas ósseos nos potros e cavalos jovens testemunha a sequência de má nutrição nas diferentes criações, mesmo naquelas com linhagens superiores. Convém então, adaptar a alimentação quantitativa e qualitativamente ao potencial genético de crescimento e desenvolvimento dos tecidos magros de cada indivíduo. Isso refletirá em um excelente desenvolvimento ósseo e muscular a partir de uma idade precoce, permitindo que o potro entre nas primeiras competições em melhores condições e, inclusive, melhore seu desempenho quando adulto nas pistas de competição.
A velocidade de crescimento do potro, inicialmente, é muito elevada e por isso requer acompanhamento. Nas raças leves, o peso ao nascimento representa 10% do peso da égua e dobra em 35 dias. Durante o primeiro mês, o ganho de peso médio fica ao redor 1.500 gramas/dia, podendo atingir 1.800 gramas/dia nos indivíduos muito grandes. O ganho de peso está entre 1.200 e 1.300 gramas/dia no segundo mês e ao redor de 750 gramas/dia aos seis meses.
Ao nascer, estes animais já apresentam um crescimento linear apreciável, quando o potro possui cerca de 70% da altura de cernelha de um animal adulto, alcançando 95% de seu crescimento máximo aos 24 meses e 100% aos 60 meses, em média. O crescimento ou ganho de peso vivo é apreciado por um período determinado para calcular a velocidade de crescimento, e é, sobretudo, sensível ao nível energético da alimentação.
A total expressão do potencial genético, perceptível quando se tem uma alimentação perfeitamente equilibrada, traduz-se por uma curva ideal de crescimento com um ponto de inflexão diante da puberdade do animal. A curva pratica de crescimento se aproxima da curva ideal sempre que a égua é uma boa gestante e, ao final do aleitamento, ela foi uma boa mãe de leite. Quando a complementação concentrada – ração inicial – é insuficiente, ou quando a curva láctea da égua baixa rapidamente, sabendo-se que as necessidades do potro continuam aumentando, existe o distanciamento de uma curva da outra.
O maior fator deste distanciamento vem sempre após um desmame mal elaborado, onde o potro sofre frequentemente uma "crise de crescimento". Caso a subalimentação seja moderada ou transitória, ela provoca um baixo crescimento, que assim que se normalize a situação, possibilita uma recuperação rápida um pouco perto do ideal, fenômeno conhecido como ganho compensatório, e provoca apenas um certo retardo do crescimento. Se a subalimentação é mais grave, por um tempo maior, com crescimento fortemente reduzido ou mesmo estagnado, a recuperação posterior será incompleta e tamanho do animal estará diminuído de forma definitiva.
Atentando-se para estas demandas específicas, criadores encontram na suplementação nutricional uma forma de promover crescimento e desenvolvimento dos potros tido como ideal para sua performance nas atividades a que forem designados. A suplementação proporciona elementos responsáveis por uma eficiente absorção de todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento de uma estrutura corporal forte e potente, garantindo como resultado o surgimento de um animal veloz e competitivo, otimizando seu desempenho e ainda prevenindo a incidência de doenças.
SUBALIMENTAÇÃO
Toda carência ou desequilíbrio da dieta acarreta um atraso ou mesmo uma situação irreversível no desenvolvimento do animal.
Para os diferentes tecidos, o desenvolvimento máximo obtido em função da idade é, inicialmente, do sistema nervoso, e após, sucessivamente, do tecido ósseo, muscular e de gorduras de reserva.
Este desenvolvimento está relacionado ao potencial genético máximo (em função de raça, origem, indivíduo e sua idade) e aos limites impostos pela disponibilidade e equilíbrio dos nutrientes indispensáveis.
Assim, potros de éguas em regime hipoprotéico durante a lactação, mostram um menor desenvolvimento cerebral, confirmado por dificuldades de aprendizagem durante o adestramento.
O tecido ósseo é o seguinte a ser afetado, em razão de ser o mais precoce. A incidência de problemas ósseos nos potros e cavalos jovens conseqüente a uma má nutrição, é facilmente perceptível em qualquer criação, mesmo naquelas com linhagens acima da média.
A carência protéica para o potro, diminui o desenvolvimento muscular e mesmo ósseo.
Uma carência energética afeta primeiramente as gorduras de reserva, depois os músculos da paleta e da garupa, ainda que o esqueleto tenha um desenvolvimento normal.
Caso a subalimentação seja pequena e passageira, ela provoca um baixo crescimento, dando lugar, tão logo se normalize a situação, a uma recuperação rápida e um pouco perto do ideal, fenômeno conhecido como “ganho compensatório”. Trata-se de um “retardo do crescimento”. Há a possibilidade de recuperação quase total graças ao “desenvolvimento compensatório”, que ocorre com a correção rápida do regime alimentar.
Se a subalimentação é mais grave, com crescimento fortemente reduzido ou mesmo estagnado, por um período prolongado, a recuperação posterior será incompleta e o tamanho do indivíduo estará diminuído definitivamente, mesmo que se eleve posteriormente o nível de dieta.
Convém então adaptar a alimentação quantitativa e qualitativamente ao potencial genético de crescimento e desenvolvimento de cada indivíduo.
SUPERALIMENTAÇÃO
Os excessos, principalmente energéticos, também podem ser extremamente prejudiciais, pois predispõe o animal a Doenças Ortopédicas Desenvolvimentares (que englobam as epifisites), que podem comprometer a função futura do animal.
O acesso ilimitado do potro a leguminosas de boa qualidade, como por ex. alfafa, e a um consumo excessivo de grãos, elevam consideravelmente a energia nutricional também predispondo a estas Doenças Ortopédicas Desenvolvimentares.
Uma taxa de crescimento rápido não aumenta o tamanho do animal adulto, mas predispõe o animal a problemas ortopédicos.
Nos desequilíbrios minerais causados por superalimentação, o potro corre o risco de alterar definitivamente um esqueleto bem desenvolvido e adequado. Isso é observado em alimentação com aveia (ou outro grão, como milho) em complemento exclusivo com as forragens usuais, onde não deve haver o melhor desenvolvimento atlético do potro, mesmo que ele tenha um excelente crescimento ponderal.
A superalimentação é desaconselhável e perigosa. Ela não pode forçar ao desenvolvimento dos tecidos magros onde ele é limitado: pelos potenciais genéticos do indivíduo, pela idade e, pior ainda, pelos desequilíbrios alimentares que alteram o anabolismo protéico.
Assim, os potros complementados exclusivamente com cereais, são expostos a deficiências em aminoácidos essenciais que restringem o crescimento ósseo e muscular, favorecendo a obesidade.
Cuidado hein!!! acho que você deveria colocar as referências dos seus textos, pois alguns valores podem sofrer variação, no mais ficou bonzinho
ResponderExcluirCaro amigo, agradeço seu comentário, continue acessando o blog. Mas na próximo comentário identifique-se. Abraço
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ResponderExcluirVeio se tu nao gosto, pega e faz melhor entao...
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