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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Belinha



Boa noite pessoal.
Hoje irei falar com caso da Belinha, éguinha de 8 meses, da raça crioula, com problema de ENCASTELAMENTO. Primeiramente vamos entender um pouco da anatomia dos membros.
 
Anatomia dos membros:
1.Ossos: O membro posterior, logo abaixo da bacia ou pélvis, consiste do fêmur, da patela (correspondente ao joelho humano), e depois de tíbia e fíbula, os quais ficam em posição paralela entre si. Em seguida, o tarso ou jarrete‚ composto por seis ossos, dos quais o maior é o calcâneo, que forma a ponta do jarrete e corresponde ao calcanhar humano. Em seguida, há o metatarso, com dois metatarseanos acessórios, e as falanges, que compõem o sistema digital: primeira falange (proximal), segunda falange (média), e terceira falange (distal); esta última é o osso do casco. No caso existem ainda os ossos sesamóide distal e navicular. Entre o metatarso principal e a falange proximal, estão os dois sesamóides proximais. O membro anterior inicia na escápula, que se articula com o úmero. Este se encontra com os dois ossos do antebraço, o rádio e a ulna. A extremidade distal da ulna é o olécrano, que corresponde ao cotovelo humano. Rádio e ulna se ligam ao metacarpo através de um conjunto de oito pequenos ossos, os carpeanos (correspondentes ao pulso, no ser humano. Tal como no posterior, no anterior o metacarpo tem dois metacarpeanos acessórios. A estrutura da parte inferior do membro anterior é idêntica à do posterior. 
2. Articulações, ligamentos, tendões As extremidades de cada osso longo são cobertas pela cartilagem articular, a qual forma a movimentação das extremidades ósseas entre si praticamente livre de atrito. A cartilagem também distribui sobre uma área mais ampla as forças e tensões às quais o membro é sujeito, diminuindo o desgaste da estrutura. Toda articulação (junção entre dois ossos) é formada por uma cápsula articular, que contém a bainha de cartilagem, a membrana sinovial e o líquido sinovial. As articulações são estabilizadas e conectadas entre si, ao esqueleto, e aos músculos através de tendões, ligamentos e cápsulas articulares: os dois últimos conectam ossos entre si, enquanto os tendões ligam músculos a ossos. Tendões e ligamentos são compostos principalmente de colágeno. 

Então entramos no problema que ela possui:

Problemas do casco 
 
1. Laminite: inflamação das laminas do casco, que ligam a Falange a parede do casco. Pode ter uma variedade de causas, desde traumáticas a processos tóxicos. Atinge geralmente os anteriores, e vai se agravando progressivamente, se não diagnosticada e tratada a tempo. É, uma condição muito dolorosa, que exige tratamento de emergência para evitar a rotação da falange. 
2. Doença do Navicular: uma das causas mais comuns de claudicação intermitente dos anteriores. Degeneração do osso navicular, geralmente causada por conformação deficiente aliada a trabalho intenso. Tratamento apenas paliativo, com a neurectomia sendo o recurso extremo. 
3. Fratura do Navicular: ocorre raramente, devido a fratura ou secundária a doença do navicular. A cura completa ‚ muito difícil, limitando a utilização futura do animal. 
4. Talões rebaixados: colapso do tecido entre os talões, causado pelo desequilíbrio do casco devido a casqueamento e ferrageamento inadequados. Os sinais clínicos podem ser similares a doença do navicular. O tratamento é centrado no reequilíbrio dos talões através de um casqueamento correto. 
5. Osteíte podal: vascularização e desmineralização da terceira falange, geralmente causada pela inflamação resultante de concussão repetida. Pode estar associada a doença navicular. O tratamento inclui o ferrageamento com palmilhas, bem como a eliminação da causa do problema (ex.: trabalho em piso duro). 
6. Fraturas de terceira falange: problema raro, geralmente resultando do exercício em piso duro. Diagnóstico confirmado por radiografia. A recuperação pode levar até um ano, porém a recuperação é boa, desde que a fratura não tenha envolvido a articulação. 
7. Casco encastelado: considerado uma forma avançada de artrite degenerativa, causada por crescimento ósseo na região do processo extensor da terceira falange. Pode ser secundário a fratura, inflamação, ou a outros traumas. A claudicação depende da intensidade do encastelamento. A terapia depende da causa, e o prognóstico é reservado quanto a ausência de claudicação a longo prazo.

Boa leitura para todos e boa noite.

Beijos.



2 comentários:

  1. Cara Carol, existe algum tratamento para problemas de encastelamento ? casqueamento regular, com diminuição gradual do talão minimizaria o problema ?

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  2. caro amigo anônimo, existe diversos tipos de tratamento, desde casqueamento até cirurgia..me manda um e-mail com fotos do cavalo com problema, que fica mais fácil de falar sobre o assunto..posso também indicar um veterinário da sua região..
    e-mail: carol.theisen@hotmail.com

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