O enfisema subcutâneo em equinos ocorre comumente após feridas perfurantes na região da
axila, a qual permite a entrada de ar para o subcutâneo durante a movimentação do animal.
O enfisema é uma alteração que designa distúrbio tecidual com infiltração de ar, caso
seja tecido subcutâneo, ou ar pulmonar em excesso, como no enfisema pulmonar. É uma
condição muito rara e geralmente está relacionada com a introdução inadvertida de ar dentro
do tecido, como por meio de um pneumomediastino, gangrena gasosa e enterocolite
necrozante (LOPES, 2009).
O enfisema subcutâneo em eqüinos pode ser resultante de perfuração traqueal e
particularmente por feridas na pele da axila, as quais ocorrem com maior frequência. O eqüino ao se movimentar promove a sucção de ar para o tecido subcutâneo.
O tratamento envolve a administração de antibióticos sistêmicos, o manejo da ferida,
profilaxia antitetânica e a restrição dos movimentos do animal ao máximo possível. É fundamental, no entanto descartar a possibilidade de perfurações nos pulmões e traquéia. O prognóstico da doença é bom uma vez que nunca se observou um caso fatal.
Os sinais clínicos são evidentes, aumento de volume na região dos membros anteriores
com crepitação à palpação. Porém pode se estender nas direções do cabeça, toráx e membros
(DEWELL, 1980). Na maioria dos casos não ocorre alteração nos parâmetros fisiológicos, e o
animal se alimenta normalmente.
Conclui-se que, no tratamento, os cuidados com a ferida e a restrição dos movimentos
do paciente são de suma importância na eficácia do tratamento. Apesar de ter um prognóstico
favorável, o fenômeno pode se estender para o corpo todo e levar a complicações graves.
Achei muito interessante, não podia faltar esse post.
Beijos
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