Depois de muito tempo sem fazer posts, achei melhor fazer um post mais voltado para alguma cadeira do curso. Esse foi um trabalho que tive que fazer em grupo da cadeira de ecologia.
Espero que gostem e seja útil para vocês.
Beijos :*
Introdução:
Existem
microorganismos tanto bons como ruins para agropecuária, estes causam prejuízos
aos produtores que tendem a procurar medidas para combatê-los, muitas vezes com
o passar dos tempos essas pestes se tornam resistentes a tais defensivos
agrícolas, tendo então que se procurar novas alternativas.
Neste trabalho
enfocaremos nas duas doenças mais conhecidas da banana, as Sigatokas amarela e
negra, responsáveis pelas maiores perdas nos bananais brasileiros e de todo
mundo.
Resistência de microorganismo na agropecuária (Sigatoka):
Tanto a agricultura como a pecuária sofrem com
a resistência que alguns organismos criam, prejudicando produtores, na pecuária
contabilizamos doenças, bactérias, que acabam algumas vezes sofrendo mutações e
então o remédio dado já não faz mais o efeito desejado. Nas lavouras o problema
é quando os agrotóxicos já não inibem a proliferação da doença, causando
enormes prejuízos econômicos principalmente aos produtores. Vejamos a seguir,
mais detalhadamente os problemas e benefícios da bananicultura:
Entre os problemas fitossanitários da
bananicultura, duas doenças causam maior preocupação ao setor. Tratam-se da
sigatoka amarela e da sigatoka negra.A sigatoka amarela é causada pelo fungo Mycosphaerella musicola.É uma doença
agressiva, responsável por perdas severas na produtividade do bananais
brasileiros.Para a ocorrência da doença é necessário que o esporo do fungo
encontre condições favoráveis para a infecção do tecido vegetal.Estes fatores
são tecidos suscetíveis (normalmente a folha vela e as três folhas mais novas
da bananeira), a água livre (chuva ou orvalho) e temperaturas adequadas (acima
de 21ºC).
A
sigatoka negra é causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis, sendo
considerada a mais grave doença da bananicultura mundial.Este fungo é
extremamente agressivo, podendo ocasionar perdas superiores a 80% da produção,
quando as condições ambientais forem favoráveis ao desenvolvimento do
patógeno.O primeiro relato da chegada da sigatoka negra ao Brasil foi em 1998,
no estado do Amazonas.Em 2004, a doença foi identificada em São Paulo,na região
do Vale do Ribeira.Desde então , vem sendo disseminada e hoje pode ser
encontrada em grande parte dos estados brasileiros.Devido ao elevado grau de
agressividade desta doença, normalmente onde há incidência de sigatoka negra, a sigatoka amarela
desaparece muito rápido.Na tentativa de manter a doença sob controle,ocorre uso
intenso de defensivos agrícolas, aumentando o custo de produção, alem de causar
danos ambientais e também ao produtor rural.
O uso desenfreado de defensivos químicos pode acarretar em danos econômicos e ambientais.Por isso o produtor deve lançar
mão,também, de outros métodos, como o controle genético, que consiste no
plantio de variedades resistentes a doenças.
Outra alternativa é o controle cultural,que diz
respeito às técnicas agrícolas, como densidade adequada de plantio, nutrição
eficiente, uso de fertirrigação, retirada de folhas doentes e manejo de
perfilhos.
O monitoramento da sigatoka negra é uma
metodologia que vem sendo aplicada pelos produtores rurais com o intuito de
diminuir as aplicações de defensivos químicos, racionalizando a sua utilização.
O sistema de previsão bioclimático é uma
ferramenta fundamental para o manejo fitossanitário eficiente do
bananal.Permite caracterizar o comportamento da doença em uma dada região,
conhecendo-se a flutuação da severidade no decorrer do ano climático.Esta
caracterização possibilita a racionalização do controle químico, apontando o
momento correto das pulverizações com fungicidas, além de determinar o
intervalo.Torna possível, ainda efetuar a alternância dos grupos químicos dos
fungicidas nas aplicações, de modo a evitar o aparecimento de futuros episódios
de resistência do patógeno a um determinado produto.
O principal método utilizado no monitoramento
da severidade da sigatoka negra baseia-se na taxa de emissão foliar semanal e
na presença dos sintomas da doença, nos seus estádios mais precoces (1,2 e 3),
identificados nas folhas novas das plantas, ou seja, na segunda, terceira e
quarta folhas a parir da folha “vela”.As avaliações de campo são feitas
semanalmente e a evolução da severidade é resultado da nota dada à severidade
por ocasião da avaliação e do ritmo de emissão foliar.
Para um correto e eficiente monitoramento desta
doença, o pesquisador científico da Agencia Paulista de Tecnologia dos
Agronegócios Wilson da Silva Moraes (Apta Regional do Vale do Ribeira)
desenvolveu um aplicativo computacional, de fácil operação, que estima a
severidade da doença baseando-se na evolução dos estádios de desenvolvimento
dos sintomas e do ritmo de emissão foliar.
Técnicas de monitoramento, associadas ao
emprego de materiais genéticos resistentes às doenças, uso de mudas sadias,
nutrição equilibrada, plantio na densidade adequada, irrigação e outras
técnicas culturais, compõem o manejo integrado de doenças, favorecendo o bom
desenvolvimento e produtividade das plantas, mantendo o empreendimento
rentável.
Melhoramento
genético: é uma
ferramenta que proporciona aos agricultores materiais genéticos de altíssima
qualidade, com características de excelente produção associando-se rusticidade
e resistência às doenças. O grande rol de variedades atualmente disponível aos
bananicultores permite rentabilidade e atendimento aos diversos segmentos de
mercado.Estes novos genótipos são devidamente avaliados em diversas regiões
produtoras com o intuito de identificar os melhores para cada tipo especifico
de condições edáficas e climáticas, com melhor adaptabilidade.
Fertirrigação: técnicas aprimoradas de
fertirrigação. Que são a junção de irrigação com nutrição de plantas,
proporcionam o uso racional da água na cultura, permitindo uma produção
sustentável e ambientalmente favorável, com ganhos econômicos, sociais e
ambientais por parte dos produtores. A otimização do processo produtivo é
benéfica para a produção, pois permite ao produtor rural garantir maior
rentabilidade, com redução de custos e melhor utilização de insumos e mão de obra.
A propagação de bananeiras é outro ponto da
cadeia produtiva que se modernizou substancialmente nos últimos anos. A cultura
saiu de uma situação até certo ponto precária, para a modernização de técnicas,
como a produção de mudas in vitro,
que permite alto rendimento e maior controle sobre os materiais genéticos,
garantindo uniformidade de produção, com maior vida útil do bananal, atendendo
ás exigências de um mercado cada vez mais empresarial. Outro fator muito
importante agregado ao novo processo produtivo da bananicultura é que. O uso de
mudas micro propagadas sadias diminiu, consideravelmente, a disseminação de
pragas e doenças, favorecendo o manejo fitossanitário das lavouras.
O manejo fitossanitário também passou por
mudanças na bananicultura, com técnicas que proporcionam maior eficiência no
controle das doenças e pragas, com menor custo para o produtor e também para o
ambiente. O rígido controle sobre os defensivos químicos utilizados na lavoura
é muito importante, uma vez que esta fruta é consumida, em sua maior parte, in natura.
A Sigatoka no
Brasil:
Em
dezembro de 1997, durante um trabalho realizado em Tabatinga e Benjamin
Constant, para avaliar a incidência e prevalência de doenças vasculares da
bananeira (Moko e Mal-do-panamá) realizado pelos técnicos na época, da
Delegacia Federal da Agricultura do Estado do Amazonas e Embrapa Amazônia Ocidental, Ana Fabíola, Carlinhos, José Clério Rezende
Pereira e Luadir Gasparotto, detectaram uma nova doença foliar ocorrendo em
bananeira, de forma severa induzindo perdas de até 100% nas cultivares prata,
maçã e nos plátanos Pacovan (D’angola) e Pacovi (Banana da Terra).
Desde então os produtores enfrentaram problemas
atrás de problemas com a produção. A maior parte dos produtores tradicionais que abandonaram a cultura foi
substituída por uma nova geração de produtores capitalizados e tecnificados
muitos em áreas de terra firme, produzindo até 20t/ha ao ano contra cerca de 8
t/ha ao ano dos produtores tradicionais na várzea. Entretanto o Amazonas
continuou importando cerca de 80% da banana consumida no estado, em particular
de Roraima. Mas mesmo hoje em dia há falta de incentivo aos produtores.
A
produção brasileira de banana em 2011 foi de aproximadamente sete milhões de
toneladas, o que faz com que o Brasil ocupe o quinto lugar no ranking mundial
de produtores, atrás apenas da Índia (27 milhões de toneladas), Filipinas ( 9,1
milhões de toneladas), China 9 nove milhões de toneladas) e Equador ( 7,6
milhões de toneladas). A cultura ocupa uma área de aproximadamente 490 mil
hectares no Brasil.
O
cultivo desta fruta, antes caracterizado por pequenas áreas e baixa tecnologia,
hoje está presente em áreas extensivas e tem a sua disposição, técnicas
modernas e sofisticadas, que permitem alcanças altas produtividades, agregando
qualidade ao fruto.
Conclusão:
Concluímos então
que a mutação e resistência desses microrganismo é dada por uma utilização errada
dos agentes químicos ao combater esses organismo, causando um uso errado do
produto proporcionando assim que o microrganismo se torne mais resistente e
cada vez mais eficaz contra o agente químico.
A seleção
genética das bananeiras é uma
alternativa eficaz e não prejudicial ao meio ambiente, onde o produtor escolhe
as bananas que mais resistem ao microrganismo agressor, fazendo assim
cruzamentos com essas plantas mais fortes.
Também podemos
dizer que a sigatoka negra é mais “forte” e agressiva as bananeiras do que a
amarela, onde caracteriza grande perda nas plantações, ocorrendo assim quase
perda total da produção. Um problema grave para o produtor, fazendo assim que
corra atrás de alternativas mais eficazes para combater a sigatoka.
Bibliografia:
è
Revista Cultivar