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domingo, 29 de janeiro de 2012

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Toxoplasmose

Oi pessoal.
Eu estava passeando nos outros blogs e me deparei com esse vídeo no blog da vet da deprê (http://www.vetdadepre.com.br/), achei interessante o vídeo e resolvi compartilhar aqui no meu blog sobre esse assunto tão polêmico no meio da medicina humana e veterinária.

Até o próximo post.
Beijos

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Lista de aprovados na residência médica veterinária da ULBRA.


UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO/LATO SENSU
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
RESIDÊNCIA MÉDICA VETERINÁRIA 
CONCURSO RMV 2012-1 
RESULTADO FINAL 


ÁREA: CLÍNICA E CIRURGIA DE PEQUENOS ANIMAIS R1
Candidatos Classificados
1º - Felipe de Lima
2º - Fernanda M Machado
3º - Luise Brocker
4 º - Maria Luiza M Silva
Suplentes
1º - Jordana S Teixeira
2º - Sabrinne P dos Santos
ÁREA: DIAGNÓSTICO POR IMAGEM R1
Candidatos Classificados
1º - Anelise D Schantz
ÁREA: CLÍNICA DE GRANDES ANIMAIS E REPRODUÇÃO R1
Candidatos Classificados
1º - Henrique M Cardoso
 
ÁREA: PATOLOGIA CLÍNICA R1
Candidatos Classificados
1º - Juliana P Matheus


Os candidatos classificados para Residência Médica  Veterinária do HV-ULBRA deverão
comparecer dia 01/03/2012 às 14:00 horas, no Hospital Veterinário,  para  Reunião de Integração. O
não comparecimento será considerado como desistência da vaga.
Comunicamos, também, que deverão iniciar as atividades da rotina hospitalar a partir do dia
02/03/12.
Para preservar os candidatos, o desempenho obtido em cada etapa do processo seletivo
poderá ser divulgado individualmente se o mesmo for solicitado à Comissão de RMV. Os currículos
dos candidatos não classificados ficarão disponíveis na secretaria do HV  por um  período de 30 dias.
Aqueles que não forem retirados neste prazo serão encaminhados para o setor de descarte/picote.

Tabela simples de vacinação de equinos.

Oi pessoal.


Hoje vamos falar sobre vacinação em equinos. É um post interessantes para quem cria cavalos e para os demais que possuem esses animais não só para criação e também para passeio, segue abaixo uma tabela simples de vacinação de cavalos, com as principais vacinas a serem aplicadas, e as mais comuns. 




Beijos

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Castração em gatas.

Oi pessoal.

Hoje venho com um post bem interessante, estou fazendo estágio com um veterinário da minha cidade e sexta feira tivemos uma gatinha que não conseguiu ganhar seus filhotes e eles acabaram morrendo dentro da barriga dela.






Falando do assunto!



Porque castrar?
Uma gata que procrie livremente pode em apenas 2 anos deixar 200 (duzentos) descendentes.
Os gatos castrados são mais calmos e torna mais fácil manter o animal em casa. Evita o hábito de "spray" de urina para marcação de território, ferimentos por brigas, doenças contagiosas, etc.
A gata castrada fica menos nervosa e barulhenta, mais relaxada, brincalhona e afetiva. 
A tendência para engordar pode ser controlada com alimentação correta e exercícios. 
A fêmea não castrada faz marcação com urina pela casa, deixando um cheiro horrível. Tenta fugir, mia alto e incomoda os vizinhos.
A castração também irá aumentar a expectativa de vida dela, porque ela não terá problemas de saúde como tumores de mama e do aparelho reprodutivo, cistos ovarianos, infecções uterinas como piometra, que obrigará a uma cirurgia no final das contas, muito pior do que a castração, já que haverá um campo operatório contaminado por bactérias e com risco de septicemia.
Você também estaria aliviando-a de um sofrimento e uma angústia, já que o instinto de preservação e hormônios falam alto. Não que ela sinta desejo de ser mãe, como acontece com mulheres. Elas nem sabem o que é isso. É uma coisa instintiva e irracional, devido aos hormônios.
A castração é uma forma mais humana e saudável de manter uma fêmea, se você não deseja filhotes.

Quando castrar?
A Associação Americana de Médicos Veterinários recomenda desde 1993, que os gatos sejam castrados assim que os testículos descerem para a bolsa escrotal, ou seja, por volta dos 6 meses. 
As fêmeas também podem ser castradas a partir de 7 meses de idade.
Anteriormente se pensava que a castração precoce predispunha o gato à Síndrome Urológica Felina (SUF). Mas estudos mostraram que não há diferença significativa no desenvolvimento do trato urinário, entre gatos castrados precocemente e tardiamente.
O que é a castração?
A castração no macho é realizada por uma cirurgia muito simples, com anestesia local. Um bom veterinário é capaz de realizá-la rapidamente e sem riscos para o seu animal. Converse com ele e fale sobre seu medo de um choque anafilático. Como a anestesia é local, não há grandes problemas.
A cirurgia pode ser uma orquiectomia (retirada dos testículos) - a mais comum - ou vasectomia.
Não há inconveniente em castrar uma fêmea antes que ela tenha tido crias. 
A cirurgia atualmente envolve pouquíssimos riscos, se feita por um bom profissional. Eu só há vantagens em fazê-lo. 
A castração da fêmea é chamada esterectomia (retirada dos ovários), ou pan-esterectomia (retirada de útero e ovários).
A recuperação se dá em torno de 1 semana.
Cio da gata
As gatas entram no cio quase todo mês. 
Elas costumam ter 3 estações de cio por ano. 
Cada estação de cio tem 2 a 3 cios, com 7 a 10 dias de duração cada um, e intervalo de 10 a 15 dias entre eles. 
Em certos momentos pode parecer que ela está o tempo todo no cio.
Castração, obesidade e Síndrome Urológica Felina
A obesidade está mais relacionada com a preguiça e alimentação excessiva, peculiar a cada animal, do que à castração em si.
A SUF ( Síndrome Urológica Felina) atinge cerca de 1% dos gatos, machos e fêmeas. Mas acomete mais os machos, devido a uretra mais longa. 
A idade de maior ocorrência é entre os 2 a 6 anos em média. 
As causas ainda são muito discutidas, entre elas: gatos obesos, com pouca atividade, alimentação muito seca e com alto teor de magnésio; alimentação com muita proteína; causas congênitas de mal fomação da bexiga e/ou uretra; obstrução, inflamação da uretra; mal funcionamento ou inflamação da bexiga; traumas; problemas neurológicos que afetem o ato de urinar. Enfim, tudo o que possa favorecer a formação de cristais e cálculos e retenção da urina.
Isso pode ser evitado com muita água fresca à disposição, rações que não contenham alto teor de magnésio e acidificantes, evitar alimentação com excesso de proteínas, estimular o animal a brincar, não alimentar em excesso.
Uso de hormônios
Não é recomendável a administração de hormônios para evitar que o macho queira namorar. Nenhum hormônio é inócuo. Se você se preocupada com o desenvolvimento do seu gato, caso ele seja castrado cedo, preocupe-se muito mais em administrar hormônio feminino num animal macho em fase de crescimento, é muito mais danoso.

O uso de anticoncepcionais nas fêmeas também é danoso para o organismo, predispondo a uma série de doenças, como tumores, câncer e infecções uterinas graves.

Gatas que continuam apresentando cio após a castração
Se apenas o útero foi retirado ela continuará a entrar no cio porque os ovários ainda estarão lá, produzindo hormônios.
Se um dos ovários ou parte deles foi deixado durante a cirurgia a gata continuará a apresentar cio regularmente.

Beijos e até o próximo post.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Enfisema subcutânea generalizada.

O enfisema subcutâneo em equinos ocorre comumente após feridas perfurantes na região da
axila, a qual permite a entrada de ar para o subcutâneo durante a movimentação do animal.

O enfisema é uma alteração que designa distúrbio tecidual com infiltração de ar, caso
seja tecido subcutâneo, ou ar pulmonar em excesso,  como no enfisema pulmonar.  É uma
condição muito rara e geralmente está relacionada com a introdução inadvertida de ar dentro
do tecido, como por meio de um pneumomediastino, gangrena gasosa e enterocolite
necrozante (LOPES, 2009).
O enfisema subcutâneo em eqüinos pode ser resultante de perfuração traqueal e
particularmente por feridas na pele da axila, as quais ocorrem com maior frequência. O  eqüino ao se movimentar promove a sucção de ar para o tecido subcutâneo.

O tratamento envolve a administração de antibióticos sistêmicos, o manejo da ferida,
profilaxia antitetânica e a restrição dos movimentos do animal ao máximo possível. É fundamental, no entanto descartar a possibilidade de perfurações nos pulmões e traquéia. O prognóstico da doença é bom uma vez que nunca se observou um caso fatal.

Os sinais clínicos são evidentes, aumento de volume na região dos membros anteriores
com crepitação à palpação. Porém pode se estender nas direções do cabeça, toráx e membros
(DEWELL, 1980). Na maioria dos casos não ocorre alteração nos parâmetros fisiológicos, e o
animal se alimenta normalmente.

Conclui-se que, no tratamento, os cuidados com a ferida e a restrição dos movimentos
do paciente são de suma importância na eficácia do tratamento. Apesar de ter um prognóstico
favorável, o fenômeno pode se estender para o corpo todo e levar a complicações graves.


Achei muito interessante, não podia faltar esse post.
Beijos

Fisiologia da gestação.

Oi gente.

Hoje o post vai ser um pouco diferente, a pedido da minha amiga Deise, resolvi unir fisiologia com a gestação para se preparando para o próximo semestre.


RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO
O blastocisto antes de se implantar no endométrio, secreta substâncias que prolongam a vida do corpo lúteo. O tempo que isso ocorre é  chamado de reconhecimento materno da gestação.
Em ruminantes o trofoblasto do concepto em desenvolvimento bloqueia a regressão luteal através da produção de interferons. Existe também a produção de Proteína B pela placenta, o que indica a fêmea que existe um concepto.
Em suínos a produção de estógenos pelo blastocisto é um dos sinais reguladores do período de reconhecimento materno da gestação seguidos posteriormente pelos interferons.

HORMÔNIOS MATERNOS

Após a fecundação e implantação do embrião os ovários produzem determinados hormônios que permitem que a gestação continue.
Depois de um determinado período o corpo lúteo regride, em cadelas ele se mantém durante toda a gestação. Em éguas existe desenvolvimento folicular mesmo na gestação (formação de CL acessórios).

HORMÔNIOS NA GESTAÇÃO

Descrição: http://www.mcguido.vet.br/BD15057_.GIF

ESTRÓGENOS

Após o estro os estrógenos diminuem até a metade do ciclo, embora continuem a ser secretados em quantidades menores.
Durante a gestação esta secreção tende a aumentar atingindo um pico entre a metade e o final (égua e cadela) ou no final da gestação (outras espécies).
Produzido principalmente pela placenta.
Ação no aparelho reprodutivo:
  • Multiplicação das células epiteliais uterinas.
  • Hipertrofia das células da musculatura lisa uterina.
  • Síntese de proteínas relacionadas com a contração (actina e miosina).
  • Síntese de DNA e RNA, relacionados com síntese proteica.
  • Deposição de glicogênio nas células da musculatura lisa uterina (permitem a contração da musculatura junto com Ca).
  • Síntese de colágeno
  • Atuam como pré-requisito para ação de outros hormônios (produção de receptores).
  • Preparo do endométrio para ação da progesterona.
  • Preparo da Glândula mamária para ação da progesterona e prolactina.
  • Preparo da sínfise púbica para a ação da relaxina.

 

Descrição: http://www.mcguido.vet.br/BD15057_.GIF

PROGESTERONA

A progesterona alcança picos em períodos diferentes nas espécies domésticas (antes da metade da gestação somente a cabra, ovelha e cadela).
Ações sobre o útero previamente sensibilizado pelo estrógeno:
Alteração das glândulas endometriais(saculações e senuosidades favorecendo as secreções , nutrição do embrião)
Bloqueio progestacional: queiscência uterina (bloqueio dos canais de Ca, impedindo as contrações uterinas).
Ação na Glândula mamária (ácinos e ductos)
Descrição: http://www.mcguido.vet.br/BD15057_.GIF

RELAXINA

Sintetizada pelo CL e Placenta na maioria das espécies.
Apresenta picos variáveis na metade final da gestação.
Ações no aparelho reprodutivo:
  • Tornar maleável o ligamento da sínfise púbica, ampliando o canal do parto.
  • Atua na cérvix – facilitando sua abertura.
  • Atua no útero – inibindo a contração (inibe ocitocina).
  • Atua na glândula mamária – inibindo a lactação.

HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA HIPÓFISE MATERNA NA GESTAÇÃO

     I.        Hipófise anterior
FSH – (Hormônio folículo estimulante)
Sua secreção é mantida durante a gestação – atuação ainda desconhecida nesta fase.
LH  - (Hormônio Luteinizante)
Embora apresente picos, sua presença é constante mantendo o CL, exceto em éguas onde a regressão dessa estrutura é precoce. Nesta espécie o ECG tem ação luteinizante.
PROLACTINA
É luteotrófica, tem importância maior que o LH da metade para o fim da gestação, atua na lactação.
   II.        Hipófise posterior
Ocitocina
 Produzida no hipotálamo e armazenada na hipófise.
Atua na liberação do estímulo neuronal com ação na contração uterina e alvéolos mamários.
Apresenta meia vida curta (até 24 horas durante o parto), depende de receptores produzidos pelos estrógenos.
A ocitocina é isolada de CL bovino, ovino e humano, com aparente ação luteolítica (síntese de PG e lise do CL)

MUDANÇAS NOS ÓRGÃOS REPRODUTIVOS

VAGINA E VULVA

Durante a metade final da gestação – vulva torna-se altamente edemaciada e vascularizada.
Durante a gestação – mucosa vaginal é pálida e seca, no final da gestação torna-se edemaciada e friável.

CÉRVIX

Durante a gestação – orifício externo ocluído, presença de muco altamente viscoso no canal cervical. Final da gestação liquefação e descarga do muco imediatamente antes do parto.

ÚTERO

Durante a gestação – CL persistente – suspensão do estro, algumas vacas podem demonstrar cio durante o início da gestação. Em éguas – desenvolvimento de folículos (10-15) entre 35 e 150 dias de gestação.
Tanto o CL principal quanto os acessórios regridem por volta do 7º mês.

LIGAMENTOS PÉLVICOS

Relaxamento ocorre durante a gestação, sendo mais acentuado próximo ao parto.
É mais notado em vacas e ovelhas do que em éguas.Está relacionado a ação da relaxina e de altos níveis de estrógeno no fim da gestação.

SECREÇÕES UTERINAS

O útero sob ação de estrógeno e progesterona estimula secreções glandulares para a nutrição do embrião, o chamado “leite uterino”, rico em proteínas e gordura (importante p/ égua e porca).

GLÂNDULAS MAMÁRIAS

Estrógeno – desenvolvimento do tecido mamário.
Progesterona – desenvolvimento de ductos e ácinos.
Prolactina – inicia a lactação.

PLACENTA OU UNIDADE FETO PLACENTÁRIA

A placenta é um  órgão endócrino muito importante para manutenção da gestação.
HORMÔNIOS PRODUZIDOS PELA PLACENTA

·         Estrógenos e Progesterona

Utiliza-se de colesterol materno , pois não possui sistema enzimático, produzindo progesterona com a finalidade de manutenção da gestação e andrógenos fetais (testosterona e seus metabólitos).

·         hCG( Gonadotrofina Coriônica Humana)

Ação luteotrófica (semelhante ao LH), mantém o CL em primatas

·         eCG/PMSG (Gonadotrofima Coriônica Equina/Gonadotrofina Sérica de Égua Prenhe)

Ação semelhante ao FSH, estimula a formação de CL acessórios em égua, é produzido nas células do cálice endometrial por volta dos 40 dias de gestação.

·         LP (Lactogênio Placentário)

Regula o transporte de nutrientes da fêmea para o feto. Manutenção de CL em humanos (Primatas, ratos, ovelhas, bovinos)

·         Relaxina

Parece possuir ação luteotrófica. (felinos, primatas, eqüinos, coelhos  suínos),

·         Proteína B da gestação

Reconhecimento materno da gestação.
Glicoproteínas e polipeptídeos foram isolados da unidade feto placentária. Apesar de não apresentarem atividade hormonal, induzem a resposta hormonal e estão relacionadas com várias funções como: diagnóstico de gestação e reconhecimento materno da gestação.

FATORES QUE INFLUENCIAM A DURAÇÃO  DA GESTAÇÃO

Raça: as puras apresentam tempo maior de gestação.
Sexo do Feto: Machos apresentam tempo maior de gestação (nas espécies monotócicas).
Gemelaridade: menor tempo de gestação nas grandes espécies (distensão do útero e produção de corticóides).
Idade da mãe: fêmeas mais velhas apresentam maior tempo de gestação ( talvez por diferenças metabólicas e hormonais).
Tamanho e número de fetos: quanto maior o número de fetos menor o tempo de gestação.
Estação do ano: maior quantidade de alimento, menor tempo de gestação.

FATORES QUE PODEM ABREVIAR A GESTAÇÃO

Gestação gemelar (fêmeas monotócicas).
Estresse ( Liberação de cortisol que inicia o trabalho de parto).
Regressão precoce do CL (dependendo da espécie).
Medicamentos como corticosteróides, prostaglandinas e estrógenos ou desequilíbrio nas proporções entre hormônios estrogênicos e progestacionais.Traumatismos.

FATORES QUE PODEM PROLONGAR A GESTAÇÃO

Deficiências nutricionais
Fatores genéticos (híbridos e fetos homozigotos para recessivos autossômicos – hipoplasia da adrenal)
Medicamentos como:
·         Progestágenos.
Aumento –Ex: anticoncepcionais em fêmeas prenhes
·         Andrógenos.
Causam masculinização de fetos do sexo feminino – podem se transformar em progestágenos
·         Inibidores de Prostaglandina.
Usados com antiinflamatórios. PG – importante para o início do trbalho de parto.
Alterações fetais
Hipófise (anencefalia e hipoplasia de hipófise)
Adrenal ( aplasia e hipoplasia)

FORMAS ESPECIAIS DE GESTAÇÃO

SUPERFECUNDAÇÃO.
Fêmeas com estro prolongado que são cobertas por um ou vários machos (ninhadas maiores do que o previsto para a raça)
SUPERFETAÇÃO.
Animal com estro e cobertura durante a gestação. Pode ocorrer em eqüinos suínos e felinos.
GESTAÇÃO MÚLTIPLA PATOLÓGICA.
Ocorre em fêmeas monotócicas.
GESTAÇÃO EXTRA UTERINA OU ECTÓPICA
Pode ser ovárica, tubárica(comum em humanos), abdominal (peritonial).
Geralmente é inviável e extremamente rara em animais.


segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Notícias.

Prejuízos com a seca e o temor com a aftosa.


Duas notícias impactaram de forma negativa na agricultura do Paraná, trazendo preocupação ao governo e aos produtores. No início da semana, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) confirmou novo foco da febre aftosa em uma propriedade no departamento de San Pedro, no Paraguai. A outra é a quebra da safra de verão. Em todo Estado, a Secretaria de Agricultura reporta prejuízos de R$1,52 bilhão. A perda na região Sul (Ponta Grossa) é de aproximadamente R$ 275 milhões.
As autoridades brasileiras, assim como as do Paraná, devem impor, como medida inicial, restrições ao comércio de carne bovina, além da entrada de animais do Paraguai. A medida é preventiva, sobretudo pela necessidade de proteger o próprio gado nacional. A fiscalização na fronteira deve, obrigatoriamente, ser reforçada. O certo é exercer poder de polícia em toda a faixa de divisa. Outra preocupação é que os preços da carne bovina devem cair no país vizinho, e isso pode ser um atrativo. Mas o perigo de contaminação é muito grande e precisa ser evitado.
Efetivamente existe motivo de preocupação. O novo foco de febre aftosa no Paraguai é o segundo registro em menos de seis meses. Em setembro, cerca de 820 cabeças de gado foram sacrificadas em San Pedro. A região fica a cerca de 230 quilômetros de Guaíra e a 130 quilômetros do Mato Grosso do Sul. No caso atual, os números preliminares indicam 131 animais suspeitos e 15 com contágio confirmado.
Reforça-se a importância da sintonia das ações entre o governo federal e os estados que fazem fronteira com o Paraguai para impedir a entrada do vírus de febre aftosa. Outra importante medida é a criação de coordenadorias regionais de defesa e investir na qualificação pessoal com cursos e contratações.
Tanto a estiagem, como a aftosa, causam grande temor e já deixam em dúvida se efetivamente 2012 será um bom ano para quem produz alimentos.

Agora vamos entender a febre aftosa:

A Febre aftosa é uma enfermidade altamente contagiosa que ataca a todos os animais de casco fendido, principalmente bovinos, suínos, ovinos e caprinos, e muito menos os carnívoros, mamíferos; os animais solípedes são resistentes. Dá-se em todas as idades, independente de sexo, raça, clima, etc., porém há diferenças de suscetividade de espécie.
A doença é produzida pelo menos por seis tipos de vírus, classificados como A,O,C,SAT-1,SAT-2 e SAT-3, sendo que os três últimos foram isolados na África e os demais apresentam ampla disseminação. Não há transmissores de aftosa, o vírus é vinculado pelo ar, pela água e alimentos, apesar de ser sensível ao calor e a luz.  
A imunidade contra um deles não protege contra os outros. Além disso, constataram-se alguns subtipos dos vírus citados, com a particularidade de que uns causam ataques mais graves que outros e alguns se propagam mais facilmente. Esta complexidade, apresenta um aspecto muito desfavorável, pois um animal atacado por um tipo de vírus, embora ofereça resistência ao mesmo, é ainda suscetível aos outros tipos e subtipos.
PREJUÍZOS CAUSADOS - A gravidade da aftosa não decorre das mortes que ocasiona, mas principalmente dos prejuízos econômicos, atingindo todos os pecuaristas, desde os pequenos até os grandes produtores. Causa em conseqüência da febre e da perda de apetite, sob as formas de quebra da produção leiteira, perda de peso, crescimento retardado e menor eficiência reprodutiva. Pode levar à morte, principalmente os animais jovens; As propriedades que têm animais doentes são interditadas; A exportação da carne e dos produtos derivados torna-se difícil; Provoca aborto e infertilidade; Os animais doentes podem adquirir com maior facilidade outras doenças, devido à sua fraqueza.
TRANSMISSÃO - A febre aftosa é uma doença extremamente infecciosa. O Vírus se isola em grandes concentrações no líquido das vesículas que se formam na mucosa da língua e nos tecidos moles em torno das unhas. O sangue contém grandes quantidades de vírus durante as fases iniciais da enfermidade, quando o animal é muito contagioso.
Quando as vesículas arrebentam, o vírus passa à saliva e com a baba infecta os alojamentos, os pastos e as estradas onde passa o animal doente. Resiste durante meses em carcaças congeladas, principalmente na medula óssea. Dura muito tempo na erva dos pastos e na forragem ensilada. Persiste por tempo prolongado na farinha de ossos, nos couros e nos fardos de feno.
Outras vezes o contágio é indireto e, nesse caso, o vírus é transportado através de alimentos, água, ar e pássaros. Também as pessoas que cuidam dos animais doentes levam em suas mãos, na roupa ou nos calçados, o vírus, o qual é capaz de contaminar animais sadios. Nos animais infectados naturalmente, o período de incubação, varia de dezoito horas e três semanas.
SINTOMAS - A elevação da temperatura e a diminuição do apetite são os primeiros indícios da infecção. O vírus ataca a boca, língua, estômago, intestinos, pele em torno das unhas e na coroa. No inicio, febre com papulas que se transformam em pústulas, em vesículas, que se rompem e dão aftas na língua, lábios, gengivas e entre os cascos, o animal baba muito e tem dificuldade de se alimentar. Devido às lesões entre os cascos, o animal tem dificuldade de se locomover. Nos dois primeiros dias a infecção progride pelo sangue produzindo febre; depois aparecem as vesículas na boca e no pé. Também surgem nas tetas. Então a febre desaparece, porém, a produção de leite cai e a manqueira aparece, bem como a mamite com todas as suas graves conseqüências.
As vesículas se rompem e libertam um líquido transparente ou turvo; aftas,  que aparecem após 24 a 48 horas, resultantes são dolorosas e podem sofre infecção secundária. A secreção de saliva aumenta e fios de baba começam a cair da boca. O animal mastiga produzindo ruído caracterizado, ao abrir a boca, chamado "beijo da aftosa". Nos ovinos e caprinos, as lesões das patas são características, enquanto que as da boca podem ser pequenas e passarem desapercebidas. Os surtos de aftosa surgem repentinamente e com muita freqüência; todos os animais suscetíveis do rebanho apresentam os sintomas praticamente ao mesmo tempo. A intensidade da doença é muito variável. Na forma leve, as perdas podem alcançar uns 3%, enquanto que nas graves alcançam 30 a 50%, porém, em média, a mortalidade é baixa nos adultos e elevada nos jovens , principalmente os em aleitamento, porque as mães não os deixam mamar. Os animais que sobrevivem, se recuperam dentro de vinte duas porém, às vezes, a recuperação é bastante demorada; alguns animais com lesões cardíacas são irrecuperáveis, bem como as perdas de tetas.
PROFILAXIA E CUIDADOS -
  • Nos países livres de febre aftosa o método geralmente empregado consiste no sacrifício dos animais doentes e suspeitos, destruição dos cadáveres e indenização dos proprietários.
  • Vacinação regular do gado de 6 em 6 meses a partir do 3º mês de idade ou quando o Médico Veterinário recomendar.
  • Os animais que receberam a primeira dose de vacina, deverão ser revacinados 90 dias após a primeira vacinação.
  • Suspeitando da existência da doença em sua propriedade ou na de vizinhos, avise imediatamente o Médico Veterinário.
  • Confirmada a doença, isole os animais doentes, proíba a entrada e saída de veículos, pessoas e animais, instale pedilúvios com desinfetantes e siga as orientações do Médico Veterinário.
  • Quando comprar animais, exija que os mesmos estejam vacinados.
  • Só faça o transporte com atestado de vacinação.
  • As vacas prenhes devem ser vacinadas a fim de que elas possam proteger o bezerro através do colostro.
  • A vacinação não causa aborto nos animais. Cuidados especiais devem ser tomados no manejo das vacas prenhes, pois é o mau manejo que poderá causar aborto e nunca a vacina.
  • Exija sempre que o revendedor acondicione bem e faça o transporte correto das vacinas.
  • Animais vindos de outras propriedades devem ser isolados, vacinados e observados por um período mínimo de 15 dias, antes de serem misturados com os outros animais da propriedade.
  • Nos recintos de exposições, feiras e remates, devem ser adotadas rígidas medidas de higiene e desinfecção, e se a situação exigir, as autoridades sanitárias podem suspender os referidos eventos.
  • É muito importante o pecuarista conhecer bem a Febre Aftosa, para que ao aparecer a doença em animais de seu rebanho, ele esteja capacitado para adotar medidas sanitárias, visando ao seu controle.
  • Siga corretamente as orientações do Médico Veterinário. É importante o contato freqüente com o Médico Veterinário, o qual estará sempre pronto a prestar os esclarecimentos necessários.VACINAÇÃO - No Brasil, o processo mais aconselhável é a vacinação periódica dos rebanhos, assim como a vacinação de todos os bovinos antes de qualquer viagem. Em geral a vacina contra a febre aftosa é aplicada, de 6 em 6 meses, a partir do 3º mês de idade. A vacinação contra a Febre Aftosa no Estado de São Paulo deve ser feita nos meses de MARÇO E SETEMBRO. Na aplicação devem ser obedecidas as recomendações do fabricante em relação à dosagem, tempo de validade, método de conservação e outros pormenores.
    CUIDADOS COM A VACINA - Antes da aplicação devem ser obedecidas as recomendações do fabricante e alguns cuidados devem ser rigorosamente observados, tais como:
  • Conservação Adequada das Vacinas;
  • As vacinas devem ser conservadas na temperatura entre 2 e 6 graus centígrados, em geladeiras domésticas ou em caixas térmicas com gelo;
  • É muito importante a conservação, pois tanto o congelamento quanto o calor inutilizam a eficiência da vacina;
  • O transporte das vacinas do revendedor até a propriedade deve ser sempre feito em caixas térmicas com gelo;
  • A dose a ser aplicada em cada animal deve ser aquela indicada no rótulo da vacina. Uma dosagem menor do que a indicada pelo fabricante não vai oferecer aos animais a proteção desejada;
  • Não devem ser utilizadas agulhas muito grossas, pois a vacina pode escorrer pelo orifício deixado no couro do animal pela agulha e em conseqüência, diminuir a quantidade de vacina aplicada;
  • A vacina deve ser aplicada embaixo da pele;
  • Os animais sadios deverão ser sempre vacinados, pois os doentes ou mal-alimentados, não respondem bem à vacinação e, nesses casos, é conveniente procurar orientação com o Médico Veterinário.
  • Os efeitos da vacina somente aparecem depois de 14 a 21 dias de sua aplicação. Se os animais apresentarem a doença antes desse prazo, é sinal que já estavam com a doença quando foram vacinados, mas ainda não tinham manifestado seus sintomas.TRATAMENTO - Em casos especiais pode ser empregado o soro de animais hiper-imunizados. São úteis as seguintes medidas coadjuvantes:
    1. desinfecção dos alojamentos com soda cáustica a 4% no leite de cal de caiação;
    2. fervura ou pasteurização do leite destinado à alimentação animal ou humana;
    3. uso de pedilúvios na entrada dos currais e estábulos;
    4. alojamentos limpos e ventilados;
    5. fornecimento aos animais de alimentos de fácil mastigação;
    6. lavagem da boca com soluções adstringentes e anti-sépticas;
    7. tratamento das feridas dos cascos e das tetas;
    8. administração de tônicos cardíacos, em certos casos de muita fraqueza.

Até o próximo post.
Beijos